Chove todo dia
Uma calma solidão
Vento que arranca
Dos varais uma lembrança
Tudo que me alcança
Era sonho, agora, não
Da janela, vejo
Luzes da cidade, o peso
Todo o desejo
De um lugar nesse clarão
Chove todo dia
Uma brava solidez
Onda que me lança
Nunca quebra, só avança
Faz da dor bonança
Soa o sino, gora, sim
Sei que já é tarde
Hoje desço pra cidade
Algo que se parte
Dou à sorte o meu amor
Em cima de um morro nem tão alto, nem tão baixo
Será que eu encaixo?
Era sonho
Agora, não
baleia
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